terça-feira, fevereiro 17

Você, eu e os gregos

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Tem certo cheiro a telenovela a agitação em torno da Grécia. É como se à viva força nos queiram convencer de que ou a coisa vai como os gregos desejam, ou temos aí guerras e catástrofes, a Europa a desmembrar-se, a Rússia a forçar a entrada pela Ucrânia, arreganhando os dentes para a nossa fraqueza e falta de união.
Talvez venha a ser assim. Talvez pior. Pode acontecer que da Líbia aportem a Lampedusa,  não milhares, mas dezenas, centenas de milhar de infelizes que supõem haver por aqui um Far-West com minas de ouro. Não há.
A ameaça desses assusta-me, o porta-moedas dos gregos deixa-me indiferente, e que saiam ou se deixem ficar, não me faz mossa. Se a você faz, se se sente com obrigação e capacidade de a sério  propor soluções e remédios, bom proveito. Mas saiba que por muito e melhor que opine, que escreva sobre o assunto, esse esforço tem valia igual aos conselhos que, na Antiguidade, a pitonisa berrava em Delfos.
Acalme. Deixe os gregos em paz, eles há séculos que se mostram capazes de, melhor que muitos, cuidarem dos seus interesses. Mais vale que empregue todo esse esforço e saber para melhoria da terra em que nascemos.
Não lhe vou lembrar o que Eça de Queiroz (ou seria Fradique Mendes?) aconselhava que se deve fazer quando encontramos um grego.